Corremos muito. E não é pelo prazer
do exercício (feliz de quem o faz - sim, é um desejo pessoal).
É pelo ônus/bônus do jogo. A gente entra
num automático tal que quando há uma brecha ficamos até confusos. Para que
mesmo?
Ouso responder que é para
descobrirmos que tudo tem seu tempo certo. E para aprendermos que uma hora
temos que parar. Até para continuar correndo em seguida.
Temos que parar a ansiedade, a fome
repentina, a insônia implacável, as preocupações que não se resolvem. Parar de
vivenciar o problema do outro, de pensar em si mesmo o tempo todo, de sentir
pena de si mesmo, de julgar qualquer um e qualquer coisa. De sonhar somente, de
ter sempre os pés no chão.
O equilíbrio é difícil. E a receita
tem sabor azedo: só chegamos até ele quando conhecemos os extremos. É,
precisamos exagerar para saber ponderar. Correr pra parar. Parar pra correr.
Refletir sempre.
Não é fácil você descobrir que a
resposta estava o tempo todo diante dos seus olhos. Ou melhor: dentro de si. A atenção começa em si mesmo. É se cuidando que conseguimos fazer o que tem que ser feito e a definir o que é realmente importante.
Bom, melhor isso do que não descobrir nunca. Porque a vida é rápida demais.
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