domingo, 21 de julho de 2013

Tudo fica menor *



Às vezes tudo se perde. E você tem que recomeçar.


É preciso dar o primeiro passo em alguma direção. Na que te for mais familiar.  Sinais funcionam para isso.


Você começa a perceber que tem gente em pior situação. Gente que é abandonada por pais e que, por alguma sorte, são acolhidas. Há, ainda, o pior: muitas são jogadas às ruas. Outras não têm o que comer.


E assim, você decide não ser mero espectador. Usando coisas simples – um copo de acrílico e flores do campo. Mas que podem transformar muitas vidas. A começar por mim mesma. Nem me acho merecedora, mas já que tenho essa permissão, sigo em frente, torcendo para não perder a chance do contato com o próximo.


Naturalmente, vem uma reflexão: tudo fica menor. A empregada que não sabe se fica ou se vai embora, o pneu que fura, os desafios do trabalho.


Tudo fica menor ainda quando você vê seu filho, mesmo com as limitações que apresenta, interagindo com crianças de várias culturas e níveis sociais. É possível ensinar alguém, mesmo com as limitações do autismo, sobre o que é viver entre diferentes.



Não importa o que tenha acontecido pra trás, o que a gente esteja enfrentando. Tudo fica menor, quando nos lembramos do compromisso que temos com a vida. Aliás, isso faz lembrar a gente do que realmente importa. Corremos muito e ... para qual finalidade, mesmo? É bom a gente se lembrar disso sempre e não de vez em quando.


*esse post foi inspirado no Projeto Lar e na Casa da Prece, que ficam em Osasco, na Grande São Paulo. E no Giovani, minha eterna inspiração.

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