Quando a
gente descobre que vai ser mãe, o desejo básico é que o filho ou a filha ou os
filhos venham com saúde.
No ultrassom,
ficamos aliviadas quando vemos os 20 dedinhos no lugar. E a gente não deixa de
conferi-los sempre. Impressionante o quão bobas somos.
Com o
Giovani, não foi diferente. Ainda mais por causa do descolamento de placenta,
aos cinco meses de gestação. Mas, meu garotinho sempre foi um guerreiro. Um survivor.
A vida me
ensinou que saúde vai muito além dos dedos nas mãos e nos pés. Ela me deu um
filho autista de presente. Para simplesmente eu me tornar uma pessoa melhor, ver o que é invisível, entender o que não é falado, comunicar o que não é dito.
Mães vibram
e se orgulham das novidades dos filhos. Mães de autistas vibram por pequenas
vitórias. Mães se chateiam quando filhos não conseguem fazer algo. Mães de autistas comemoram quando os filhos conseguem fazer qualquer coisa.
Seria
injusto eu falar só de crianças autistas. Nesta semana, trabalhei durante o
feriado. E foi por uma boa causa. Estava em uma casa que cuida de crianças e
adolescentes com câncer. Conheci mães de vários estados e até uma de outro
país. E percebi que temos muito em comum.
Nós
desafiamos a Ciência, a Medicina. Vivemos cada dia. Somos exageradamente
otimistas. E comemoramos o que é comum para outros pais. Uma fala, um gesto, um
progresso. Tudo vale. O que é chocante para os outros, na verdade é rotina para a gente. E
criamos uma rotina só nossa, estranha ao mundo, mas que funciona.
Essa semana
eu ganhei um presentão. A diretora da escola me ligou para falar que o Giovani
estava participando dos ensaios para a festinha do Dia das Mães. Como há um
risco enorme de no dia da festinha ele se retrair, ela filmou o ensaio para assistirmos.
Ver o
Giovani do lado de outros colegas, rindo, tentando acompanhar a coreografia: um presente invisível e inigualável.
A todas as
mães, eu desejo presentes assim. Você nem precisa se preocupar em fotografar, em guardar na gaveta, porque ele jamais ficará gasto ou vai sumir. Ele já vem tatuado na sua
alma.
que lindo André! imagino la emoción de ustedes... me hiciste llorar de alegría..
ResponderExcluirLas emociones que vive una madre... son únicas e irrepetibles... cada hijo proporciona cosas en tu interior especiales, a pesar que salieron del mismo vientre y que pasan los años, cada abrazo es como cuando eran pequenos. Siempre los veremos niños...
Gio, es um ser especial elegido por Dios para que veamos la perfección de Dios, no son los dedos que tienen nuestros hijos y si el gene de " vencedor"... y de uma guerrera como vos... solo podría salir un "guerrero vencedor". besos te quiero mucho!!