Uma hora você começa a pensar. Não é sempre. Não, não se
trata de uma ofensa. São os dias cheios de coisas para fazer, apoiados pela
alta tecnologia - que ainda te permite fazer mais e mais.
Estranhamente é confuso ficar em silêncio, em paz. Deveria
ser normal. Mas não somos, não é mesmo?
Há coisas que aprendi sobre o silêncio... ele é bem
barulhento. Vai te remetendo a cenas e cenas. Você é capaz de viajar por
décadas – pelo menos no meu caso, são quase quatro. Acho que é isso que a
meditação tenta combater. Devolver o silêncio ao silêncio.
Mas, para os que ainda não conseguem alcançar um nível
transcendental, de vez em quando ver o filme da sua vida não é tão mal assim.
Saudades do que não vivi. Saudades do que poderia ter
vivido, das pessoas que já se foram. Um pouco de dor. No fim, mais alegrias do
que imaginava. Felizmente.
Impressionante como faz bem a gente concluir que tomou
algumas decisões certas no passado. E que as erradas também não foram tão ruins
assim.
Conheci o fundo do poço algumas vezes. Escalei-o várias. E
vou fazer isso outras vezes.
Plantei árvores, encontrei amigos, estudei, apaixonei-me,
tive um filho. Não escrevi um livro, mas tenho um blog – honesto, vamos dizer
assim. Não tenho o tempo que queria, mas vivo o melhor possível.
O que muda? E a quem
isso importa?
A mim mesma.
O passado é passado.
A família e os amigos, o eterno presente. Apenas torço para
que não os incomode e que possa ajuda-los, sempre que possível.
E para os que não tiverem afinidade comigo e aos que ficaram
no passado...lamento. Sinceramente.
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