sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Um dia



Uma hora você começa a pensar. Não é sempre. Não, não se trata de uma ofensa. São os dias cheios de coisas para fazer, apoiados pela alta tecnologia - que ainda te permite fazer mais e mais.

Estranhamente é confuso ficar em silêncio, em paz. Deveria ser normal. Mas não somos, não é mesmo?

Há coisas que aprendi sobre o silêncio... ele é bem barulhento. Vai te remetendo a cenas e cenas. Você é capaz de viajar por décadas – pelo menos no meu caso, são quase quatro. Acho que é isso que a meditação tenta combater. Devolver o silêncio ao silêncio.

Mas, para os que ainda não conseguem alcançar um nível transcendental, de vez em quando ver o filme da sua vida não é tão mal assim.

Saudades do que não vivi. Saudades do que poderia ter vivido, das pessoas que já se foram. Um pouco de dor. No fim, mais alegrias do que imaginava. Felizmente.

Impressionante como faz bem a gente concluir que tomou algumas decisões certas no passado. E que as erradas também não foram tão ruins assim.
Conheci o fundo do poço algumas vezes. Escalei-o várias. E vou fazer isso outras vezes.

Plantei árvores, encontrei amigos, estudei, apaixonei-me, tive um filho. Não escrevi um livro, mas tenho um blog – honesto, vamos dizer assim. Não tenho o tempo que queria, mas vivo o melhor possível.

O que muda?  E a quem isso importa?

A mim mesma.
O passado é passado.
A família e os amigos, o eterno presente. Apenas torço para que não os incomode e que possa ajuda-los, sempre que possível.
E para os que não tiverem afinidade comigo e aos que ficaram no passado...lamento. Sinceramente.





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