quinta-feira, 30 de agosto de 2012


Um sonho

Faz tempo que eu não escrevo... e não é por não gostar. Amo a escrita. Não é por acaso que sou jornalista. Adoro a informação e sua força de mudança. Mas ontem eu recebi uma inspiração, que veio de um blog: http://lagartavirapupa.com.br/blog/. Nele, a autora Andrea Werner escreve sobre o seu filho Theo, autista.

Eu fiquei impressionada pelas coincidências: também me chamo Andréa, meu filho também nasceu em 2008 e também foi diagnosticado com autismo.  Eu me vi em vários de seus depoimentos e vivências relatadas no blog.

Porém, o que mais eu tenho a agradecê-la é que ela  reacendeu um sonho que criei assim que o Giovani foi diagnosticado – ajudar outros pais, que, como eu e o meu marido e a Andréa Werner, peregrinaram ou estão peregrinando por consultórios, terapeutas, em meio ao sofrimento em descobrir que seu filho, que estava até agora se desenvolvendo como as outras crianças, talvez tenha um futuro diferente das demais.

Pretendo escrever mais sobre o assunto. Mas duas coisas me fortaleceram nessa caminhada: uma foi o conselho de uma amiga, Elaine Bernardino, que me disse que temos que vibrar pelo que o filho faz e não pelo que ele não consegue fazer. E a outra veio da neuropisicóloga, na inglória tarefa em dizer para mim e o meu marido sobre o diagnóstico: as mães não sabem se os filhos vão pelo caminho do bem ou do mal.  Já os pais dos autistas sabem: eles não vieram ao mundo para fazer mal a ninguém.

2 comentários:

  1. Minha amiga querida, que depoimento divino! Sempre achei e disse aos quatro ventos quanto considero você uma das melhores pessoas que conheço na vida e, agora, você só reiterou minha opinião.

    Tenha a certeza de que você já cumpre sua missão aqui nessa terra, pois me deixou marcas, aprendizados profundos enquanto trabalhávamos juntas e eu os sigo desde então.

    Obrigada por existir e conte comigo para tudo, sempre. Seu filho já é uma estrela só pela bondade que tem no coração, nos olhos e na vida.

    Grande beijo!

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  2. muito obrigada, Ana!!!! Somos guerreiras, né...

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