terça-feira, 20 de setembro de 2011

O que vi da vida

Na noite do dia 18 de setembro, um domingo, eu assisti a um quadro do Fantástico - O que vi da vida – com a atriz Cissa Guimarães. Ao falar da perda do filho, ela disse que respeita a dor, eterna, mas que continua com o seu caminho. Mencionou sobre uma história, que fala sobre um poleiro de almas e que se perguntassem a ela se ela repetiria toda a sua experiência, incluindo a perda do filho, ela disse que sim. Procurando aqui e ali, encontrei a expressão em "Viva o povo brasileiro", do velho e bom João Ubaldo Ribeiro.

Foi como se ela estivesse conversando comigo, trocando experiências entre duas mães. Eu não perdi o meu filho, eu o tenho como um presente, que veio nos ensinar lições muito importantes. Sim, eu sinto dor, sim, ele tem limitações, mas eu posso dizer que ele não veio fazer mal à sociedade. Quantas mães podem olhar para um filho de 3 anos de idade e afirmar que ele não veio para fazer mal a ninguém? Eu me sinto, portanto, privilegiada. Não é qualquer mãe que tem um filho tão especial.

Filho não vem com bula, não vem com histórico antecipado – não para nós, meros mortais . Não sabemos quando ficarão gripados, se vão ter catapora, sarampo. Não sabemos quem serão. Eu sei que o meu filho talvez não tenha o futuro mundano que sonhei, mas ele terá a vida que foi escolhida e eu preciso fazer o melhor por ele. Hoje e sempre.

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