domingo, 23 de outubro de 2011

Raízes

Do meu pai, eu herdei a paixão pelo futebol. Vascaíno doente, ele tanto insistiu que conseguiu ser o exemplo perfeito do "efeito contrário". Acabou criando uma filha flamenguista e um filho tricolor. Dureza.

Por conta dessa paixão, eu me vi obrigada a entender de futebol. E acabei gostando de programas esportivos. Sim, eu sou o que muitos maridos por aí desejam: eu aviso o meu marido quando tem jogo e ainda peço para colocar no programa de debate esportivo.

Aberração? Talvez. Mas aprendi várias lições. Como ver uma seleção brasileira de vôlei se superar sempre, mesmo sendo campeã do mundo por anos a fio. Ou como ver a alegria de um técnico ajudando um time a dar a volta por cima e ser campeão nacional. Ou um surfista encarando uma onda enorme, mostrando que não importa você saber o que vai acontecer. O que faz a diferença é você encarar o que for.

Se não fosse o meu pai, eu não teria visto tantas coisas bacanas no esporte. Pai é raiz e raiz é a sua história, contada muito antes de você nascer.

Nessa semana, que antecede a semana do Dia dos Mortos, vale a gente pensar em quem nos proporcionou o nome, o sobrenome, os olhos e os desafios. Afinal, eles estão mais vivos do que nunca. Nosso DNA não mente.